POR AQUI NADA DE NOVO- PARTE 1

Nem só de cidades vive o homem.

De vez em quando sabe bem descobrir vilas e pequenas aldeias espalhadas por esse Portugal fora.

E desde que as auto-estradas fazem parte do nosso quotidiano, muito fica por descobrir para além delas.

Algo de imprevisto fez com que tivesse de me deslocar a Bucelas. Há imenso tempo que lá não ia.

Também não passei do centro, mas a verdade é que fiquei com a sensação de ter visto tudo e que aquela é mais uma das muitas "terrinhas" que parou no tempo.

E como de costume, acompanhou-me a minha fiel companheira.

Embora tenha tirado poucas fotos não resisti a mostrar-vos o que captei.

Por dois motivos: para que vejam o "ambiente" de uma vila às portas de Lisboa e a maneira como as pessoas nele estão inseridas.

Mas isso fica para a próxima, pois hoje deixo-vos algumas fotos de um painel de azulejos de uma escadaria que dá acesso à igreja.

Estes azulejos mostram as chamadas antigas profissões dos habitantes daquela zona.

Uma zona agrícola, com grande produção vinícola e onde os trabalhos ligados ao campo eram o meio de subsistência das famílias.

Daqui ( e de Caneças ) saíam diariamente para Lisboa, dezenas de lavadeiras que recolhiam e posteriormente entregavam a roupa já lavada. Beatriz Costa imortalizou esta profissão no filme Aldeia da Roupa Branca. Também elas fazem parte desta colectânea de profissões nele pintadas.

E, curiosa como sou, quis saber um pouco mais do autor deste painel.

É JOÃO ESPIGA. Um autor que, de parceria com a mulher tem um atelier de artes plásticas naquela localidade.

E para a próxima, mostrar-vos-ei algo 100% provinciano, que há muito deixou de fazer parte do visual e quotidiano das cidades mas que por lá é o modo mais vulgar.

Até lá passem bem.