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domingo, 30 de agosto de 2009

ALDEIAS DE XISTO - CASAL DE SÃO SIMÃO

ALDEIAS DE XISTO

Assim designadas por existirem em zonas onde o xisto é abundante. Desde tempos passados que este material era usado nas habitações rurais.

E porque ficavam em zonas serranas, onde o muito frio se faz sentir no Inverno, as mesmas eram construídas de modo a evitar, ao máximo, as grandes diferenças climatéricas. Todos sabemos que os locais mais frios no Inverno atingem temperaturas altíssimas no pino do Verão.

Por isso, as paredes eram bastante largas e as janelas pequenas.

Pouco e pouco, as pessoas abandonaram as aldeias e foram procurar melhores condições de vida para outras zonas, outras cidades, outros países.

Com o passar dos anos, as casas ficaram mas as pessoas não. Pelo menos os jovens fugiram das aldeias. Os mais idosos lá foram ficando. A agricultura foi quase posta de lado . Mesmo assim ainda há quem resista.

Isto vem a propósito de uma aldeia que visitei por estes dias.

Já tinha ouvido falar bastante dela.Apesar de conhecer bem algumas zonas envolventes, nunca tinha passado para aquela encosta da Serra.

Refiro-me a uma aldeia chamada CASAL DE SÃO SIMÃO.

Ela é uma das 24 aldeias de Xisto da zona centro do país.

É pequena. As casas são poucas e têm vinda a ser recuperadas pelos habitantes.

A maioria é habitada aos fins de semana, pois foram pessoas vindas de fora que pegaram em casas velhas, desabitadas ou a cair e as foram recuperando a pouco e pouco. Por fora o material é o xisto.

Cada um tenta embelezar a sua, de modo que seja mais bonita que a do vizinho. Há, em todas elas, diferentes pormenores que chamam a atenção do visitante.

E porque alguns até do estrangeiro vieram, há alguns pormenores que não são vulgares em aldeias serranas.

Subindo a serra e passando a ermida, o caminho não oferece dúvidas. Só há aquele e estreito.

Desemboca numa rua mais larga.

Logo em frente, no declive, uma casa, com um jardim e palmeiras. Esta árvore é um hábito demasiado moderno para uma aldeia que quer retratar algo antigo.

Daqui a algum tempo está prevista a abertura de um café, uma casa de artesanato e fabrico de pão. Isto tudo num edifício com ares modernos e construído recentemente.

Poucos são os habitantes ,pessoas de outros tempos, que sempre ali habitaram.

Muitos deles são avessos a esta modernidade. Sentem-se incomodados e perturbados com tanto barulho e tanta visita ao fim de semana.

É que a aldeia tem um percurso pedestre circular, devidamente assinalado para conhecimento da zona. Tem uma praia fluvial ali a 2 passos. Um ribeiro aprazível e algumas aldeias ali perto a descobrir. Além disso, eucaliptos e pinheiros ali à volta fazem com que o ar que se respira seja puro.

Quanto a mim não poderá aumentar muito o número de habitações. Só uma rua com pavimento empedrado, estreita, onde só passa 1 carro.

Carros... essas coisas barulhentas e poluidoras que os residentes mais antigos não querem por lá.

Gostavam de continuar a ter o sossego de antigamente.

Pelo que vi na tarde em que lá estive acho um pouco difícil que isso aconteça. Vi pessoas de mochila às costas, mapa na mão, a desbravar a zona.

Faz parte dos circuitos turísticos.

O sossego daquela gente acabou!

E....

Depois do que ficou escrito, se alguém estiver interessado em fazer parte da vizinhança, ainda vai a tempo.

Descobri lá esta casa e o contacto do vendedor.

lol lol lol

Convém dizer que não conheço o vendedor e não ganho nada com o negócio.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

GRUTAS DE MIRA DE AIRE


Com uma excelente localização e sendo de fácil acesso através da A1 e bem pertinho de Fátima, este é um local que considero de interesse para uma visita.

Situadas na Serra de Aires e junto a Porto de Mós, são uma das 4 grutas existentes nessa zona (as outras são: Santo António - Alvados e Moeda).

Foram descobertas , por acaso, em 1947, quando um buraco na serra despertou a atenção de quem passava no local.

Apenas são visitáveis 600 m de um percurso de 10.000m. A descida faz-se através de 683 degraus , com vários patamares. Por isso, a descida não é difícil.

Depois, a subida até à superfície é feita de elevador.

Com um elevado grau de humidade interior, a temperatura ronda os 17º.

São dispensáveis os casacos mas todo o cuidado é pouco com as máquinas de fotografar e filmar, pois os pingos de água que escorrem das rochas não são os seus melhores amigos.

Não sei se serão estas as mais atraentes, visualmente , ou até mesmo como beleza ou grandiosidade .

Confesso que já as visitei todas, mas há tanto tempo , que a memória já me falha.

(Estas 3 últimas fotos correspondem à parte final da visita às Grutas. Um final pleno de beleza, com lago, música, repuxos e vários expositores onde nos podemos deliciar a observar algumas maravilhas da natureza em forma de minerais- ouro-turquesa- ametista- quartzo, entre outros ...e também alguns fósseis.)

* * * * * * * * * *

Contudo, embora dentro do mesmo género, não podem ser comparáveis, pois são formações originadas pela natureza e como tal, não podem haver 2 iguais.

Apesar disso, atrevo-me( se alguém me pedir o conselho), a referir as de Santo António para uma 1ª visita.

Descobri-las não é difícil, pois estão bem sinalizadas.

E, no exterior das grutas que visitei e com acesso nesse mesmo local, podem sempre aproveitar para passar um resto de manhã, ou tarde, no Parque Aquático com vista para a Serra.

(Se forem ao Aquagruta à hora de abertura ou ao fim da tarde, em vez dos habituais 5€ por meio dia, cada adulto pagará apenas 3.10€ - Fecha em 15 de Setembro).


Preço das Grutas: 5.50€/pessoa

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

AMORGOS

Esta foi a 2ª ilha Grega que visitamos.
Para muitos não passa de uma desconhecida. Contudo, encontrámos vários turistas que vão para ali há 2 ou 3 anos, pois acham-na muito pitoresca.
As pessoas são de uma extrema amabilidade, os restaurantes são a preço convidativo, os supermercados estão razoavelmente abastecidos. Quanto a transportes, há camionetas para todos os pontos da ilha.
Quando chegamos a Katapola não tínhamos alojamento. Isso também não era problema de maior, pois esta é uma ilha onde também há bastantes pessoas no cais a oferecerem alojamento. A oferta era vasta. A escolha era nossa.
Entre ficar em Katapola
ou Chora,optamos por esta última.
Fica a cerca de 5 km do porto e num sítio com bons transportes e mais perto de locais que já tínhamos em mente visitar.
Não me vou alongar muito, pois já muito escrevi sobre esta ilha no meu outro blogue.

Chora, a capital, é uma pacata vila onde todos se conhecem. É muito pequena mas bastante bonita e cuidada. As ruas são limpas e as pessoas nela residentes, cumprimentam os turistas quando eles passam.
De ruas estreitas e labirínticas, por ali abundam as típicas tabernas. Não tivemos razão de queixa nem da comida nem do preço.
Num dos dias, ao entardecer, tive uma "conversa" muito engraçada com esta senhora. Ele deve ser das pessoas mais idosas lá do sítio. Aspecto franzino, olhar sereno mas profundo e um lenço na cabeça que me despertou a atenção pelo modo como estava colocado. Pois a conversa......muito interessante, como só pode ser entre 2 pessoas em que uma só fala Grego e a outra não. Mas, por gestos, tudo se explicou, ela achou que me devia convidar para descansar um pouco ao lado dela. Aceitei e ali fiquei por momentos. Ao lado, nas soleiras de outras portas, havia residentes a apanhar o fresco da noite.
Amorgos foi a ilha mais fresca onde estivemos. Algumas nuvens apareceram.As noites eram frescas e convidavam ao casaquinho.


E se havia camioneta para vários destinos, um deles era Aegiali.
A viagem, por estradas bem apertadas e cheias de curvas, é um regalo para a vista. Ao virar de cada curva há sempre algo diferente que nos desperta a atenção.
E em Tholaria, com uma vista soberba sobre a baía de Aegiali, as ruas são decoradas pelos moradores. As pinturas são várias, de motivos simples, mas muito engraçadas.
E para abastecer os moradores,nada melhor que o transporte de pessoas e bens de burro. Aqui, e mais uma vez a simpatia desta gente.Este senhor,sem eu lhe pedir, parou de propósito para lhe tirar a foto.

E aqui está o nosso multifacetado motorista
lol lol
(As viagens com ele era sensacionais e divertidíssimas. Se quiserem saber porquê podem ver em:)
http://dietas-e-companhia.blogspot.com/

E nesse mesmo dia, numa outra zona, visitamos o Mosteiro Moni Chozoviotissa.
(O pior mesmo foi subir até lá acima. Mas isso é outra história....)

Depois, foi uma viagem "oportunista" até à praia de Agia Anna. Por estes lados, apanha-se polvo.

E para a próxima, vamos à descoberta do Sul desta ilha.